Cistite Intersticial, ou síndrome da bexiga dolorosa

Cistite Intersticial, ou síndrome da bexiga dolorosa

A cistite intersticial, ou síndrome da bexiga dolorosa, é uma doença crônica onde ocorre uma irritação e inflamação de sua parede, causando diversos sintomas que variam em sua intensidade.

Em sua grande maioria os pacientes com cistite intersticial são mulheres e as estatísticas mostram que a cistite intersticial atinge 5% da população feminina, e isso é uma causa frequente de consultas médicas em pronto socorro e consultórios médicos.

Geralmente essas pacientes passam por diversos médicos e realizam vários exames até que o diagnóstico correto seja realizado.

A sua causa ainda não é clara, porém, algumas teorias para seu aparecimento são:

  • Infecções urinárias de repetição.
  • Resposta da bexiga a reações alérgicas
  • Agressão da bexiga por substâncias tóxicas da urina.
  • Doença autoimune (as células do próprio corpo lesam a bexiga).

Essa doença se manifesta com crises agudas que tendem a melhorar espontaneamente dentro de alguns dias.

Os sintomas mais comuns são:          

  • Dor para urinar.
  • Urinar várias vezes por dia e à noite.
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
  • Dor no baixo ventre, sensação de pressão e sensibilidade aumentada ao redor da bexiga.
  • Dor durante o ato sexual.
  • Desconforto ou dor na região de uretra.

Esses sintomas são muito parecidos com crise de infecção urinária da mulher, chamada de cistite, e isso leva a uma conclusão equivocada de que a paciente está apresentado episódios repetidos de infecção, sendo uma causa comum de consulta aos urologistas.

Alguns fatores que podem piorar o quadro são:

  • Períodos de tensão emocional
  • Bebida alcoólica.
  • Alimentos ácidos (laranja, limão, abacaxi e etc.).
  • Café
  • Alimentos condimentados.
  • Bebidas gasosas.
  • Relações sexuais.

Não há um exame que garanta o diagnóstico da cistite intersticial.

Conclui-se pelo quadro com embasamento na história clínica da paciente como característica das crises, exames laboratoriais e de imagem e, eventualmente urodinâmica e cistoscopia.

Para seu tratamento, até o momento, não de dispõe de opções que garantam sua resolução definitiva, sendo necessário individualizar a conduta conforme a evolução de cada caso.

Geralmente após a conclusão diagnóstica, esclarecimento do quadro e o início de um plano de tratamento a paciente tende a apresentar uma melhora do quadro.